domingo, 17 de setembro de 2017

OS LYRIKHUS O FERIADÃO E UM CONCERTO DE SE TIRAR O CHAPEU

A Casa Das Artes ao Talatona aturou-nos no acto que marcou mais um assalto ao dia do herói nacional, lindo espaço, momento memorável para chorar o Mguxi!
Não fosse acordado da minha desatenção que vai advertindo a alguma amnésia prematura, sem dúvidas que eu perderia o melhor show que os Lyrikhus alguma vez mostraram-me a ver.
Embora tendo-os assistido diversas vezes, o grupo elevou-me aos pícaros pela dimensão musical proporcionada neste áureo evento. Simplesmente foi demais para esta alma desamparada!

Começou assim; Rostos sorridentes, eu meio acanhado, fascínio e glamour, semblante expectante na plateia, um piano, instrumentos ligeiros de percussão no palco, fotógrafos e flash aproveitando o suspense e abrir com o dedilhar sensual da pianista Anarelis Martinez uma linda senhora feita para a canção,
Na sequência surgiu o deslumbrar das vozes dos anfitriões, foi um assalto ao concerto intimista, onde os músicos, entre uma palavrinha e uma pitada de humor, ressaltavam o tons graves da melodia, fazendo-nos ouvir clássicos de Mozart, da Opera Boheme de Puccini, Opera Rigoletto de G. Verdi em canções como M’Appri, Some Enchanted, Lecuona, como uma autentica aula de arte, aclamada com palmas de um público que se rendia ao talento.

A noite não deixava de elevar os ponteiros do relógio a cima e os maestros Gomes, Brunno e Mendes, surpreendiam-nos com propostas de fazer o chapéu tirar-se por si, pois não havia tempo para que a mão cumprisse esse papel de respeito e admiração de tão estática que estava por estupefacta!
Foi decerto neste calor que nos foi apresentado o convidado da noite, professor Armando Vibungana que com três canções, a solo, um dueto e em quarteto com os senhorios, aguentou-nos com a mestria de um Barítono perfeito.

Sucederam-se momentos e entre uma proposta apôs outra, dava-se lugar a professora cubana Maitê Fernandez que com também três números vislumbrou a sala, dando azo a uma vénia.
Acreditando que o momento seria somente de puro clássico, desengane-se, saiu do camarote o homem inseparável da guitarra, cantando por beber, Luz, Luzingo Malembe, canções que foram pondo involuntariamente as palavras na boca do publico que seguiu o canto de Totó ST na antecâmara do fecho, mantendo a chama do show. Esse homem está feito outro senhor a considerar
Sucederam-se os momentos e o entusiasmo piorava, pois, estes três catedráticos da musica, formados em Cuba, agigantavam-se e guiavam-nos a luz de uma música bastante culta, dando lugar ao medo de ver a cortina fechar-se, pois os Lyrikus cantavam de tal forma que a mente se adaptara a querer mais.

Ao ditado que nos lembra que “o pano emprestado não acaba o batuque”, chegávamos ao fim com o romper do clássico Nsanda de Teta Lando, o La Donna E Mobile, Da Opera Rigoletto de G. Verdi  e o Nguixi, canção dos irmãos Cafala(s) e assim calava-se a noite.
Vestidos pela estudante de Designe Chindinha Martins assistimos a um concerto que fechou em grande o meu feriado prolongado, logo e apenas a marcar as primeiras horas.

Eu o Capitango e o Roque de Oliveira e acredito que todos os convivas, de tão alegres, saímos do local a rir à toa.
Valeu, valeu, para a Honra e Gloria aos Heróis Tombados.

G  A  L  E  R  I  A









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Os Lirikhus é um projecto formado por três jovens Angolanos, Gomes Domingos (tenor), Emanuel Mendes (tenor) e Bruno Neto (barítono) graduados pela Universidade das Artes de Cuba.

Apresentaram-se a público a 17 de Setembro 2007, na Casa da Cultura de Angola em Cuba e de lá para cá, são vistos em palcos de Angola e do Mundo, mas sobretudo na docência como professores do Instituto Superior de Artes em Luanda onde emprestam o seu saber para o desenvolvimento padronizado do canto, da música e das artes em Angola.
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