sábado, 29 de abril de 2017

O ÚLTIMO A RIR RI MELHOR.

Na lógica de que o esperto só almoça não janta, vou apenas hoje ao Show do Mês, ver o Conjunto.
Roupa de saída acabadinha de sair num bis de vinco, passado pela tia Mena, mais a mãe grande assunta no repetir, ela já notou que nestas coisas de aprumo sou sempre derrotado por Mario Rosa De Almeida meu compadre e António Renato dois montanhistas showistas que não se deixam.
Não bisei nem vou poder faze-lo porque para o show de ontem já era, a não ser que depois do mosaico a Nova Eneree, me exprima com um show doa Jovito (Jovens do Prenda) a luz de velas, tiramos as lâmpadas coloridas do mam Correia o bebucho da equipa e saite penumbras e bouquets.
Senti-me representado itinerantemente o ‘no ponto rebuçado’ pelo luxo da planície, no livro ‘não rasgado da minha vida’ marcou presença ao show de Cristina SilvestreCarmen Paula MirandaEunice Machado.
Logo mais terei entrada triunfal no Show mais organizado desde que este país se tornou independente. (Sublinhe-se).
Ocinhalë Aliponde Malandrinhos pá.
Tradução: Quem não gostar que se mate já.

domingo, 23 de abril de 2017

O SÁBIO AVISO DO MANO LUCAS

Eu gosto de conversar 'muito' com mano Lucas por uma razão muito particular.
Ele carrega no lombo aquele ar matreiro de académico, astúcia ganha enquanto mancebo orquestrado pela escola Cmdte Gika que fez dele um dos exímios comissários políticos da escola filosófica de Carl Marx e Vladmir Lenine destinadas às FAPLA e a isso adiciona-se o extinto kuanhama que o liga ao sangue dos filhos de Onjiva.

Mesmo na sua humilde aparência facial, o tacto orgulhoso de kwanhama está lá!

No entanto a giza deste tema ronda em torno do resgate ou não de uma herança, destas poucas coisas que me restam da minha linhagem paterna Nhaneka-Umbi que se confina pelo Umbi, exactamente no Chulu, também no Cunene, cujos relatos me remetem apenas na sua missão católica.

Confessado que tinha de factos dois bois (fêmeas) deixados exactamente para mim como herança, passados mais de trinta anos, na minha fraca ambição e pouco apego aos kwanzas, reajustados ou desajustados, pouco importa, no mínimo trinta touros lá devem estar a minha espera a abanar a cauda.

Confidencio que estava ganhando coragem para cobrar o resgate dos meus bens herdados e chegar a eles ajudado pelo Google Map, não fosse a advertência do mano Lucas que avisou manter-me em primeira forma, porque nesta assanhadice de fobado (faminto), na vã tentativa eu sairia dai morto ou no mínimo com um mbumbi (hérnia) que me arrumaria ao estaleiro.

Porra fiquem lá com os bois, antes pobre vivo que rico no caixão. ‘Eu-ee, de jeito nenhum’!

Se quiserem e se isso vale a minha vida, posso trabalhar para aumentar mais dez vacas gordas e vos entregar como pedido de desculpas pelo meu atrevimento e tentar ver se ao menos consigo o que me foi deixado pelo meu sangue materno dos umbundos.

 ‘No creo em las bruchas, pero que las hay ...las hay”.


sexta-feira, 14 de abril de 2017

AUTOBIOGRAFANDO-ME IV

Cacimbo frio e seco, Cassinga fumegava pelas manhãs neste clima a sul da Huila.

Era com mano Moisés que a pesca acontecia no rio Calonga a revelia dos nossos pais, o entra e sai da isca para a água, muitas vezes nem sequer um sardão caia.

De repente, num lance o anzol assanhado faz o QRF e aterra entre as minhas narinas, sangue a jorrar, virei mártir de Cangamba e de Kifangondo ao mesmo tempo, a dor aumentava na tentativa de puxar, era tudo a toa, não havia bombeiros naquela época.

Cada puxão atrapalhado em socorro, em vez de ajudar, o cabrão endiabrado do fio de aço afundava mais na minha carne.
Aquela pontinha curva do Anzol complicava mais a retirada, deve ser por isso que de susto os meus olhos que por si já nunca foram pequenos ganharam mais alguns diâmetros pelo medo.

Aiwé mano Moisés, tu assim me confundiste com bagre, corvina ou choupa?!

Chorei em todas as línguas nacionais e experimentei até o mandarim, se demorassem mais uns minutos a ser resgatado hoje me tornaria poliglota.
Não fosse um bondoso e ágil transeunte, o meu fim teria sido mufete na grelha de um ganguela qualquer, …caraças.

Chagados a casa, assunto encerrado, falar aos pais era pedir uma surra que nem o nosso provedor da justiça que fala muito português iria conseguir acudir com habeas corpus.


Sofri calado, sorte minha que naquele tempo as feridas curavam até com areia.

Ficar já calmo, nunca mais! Passados três dias estava eu outra vez com meu anzol em mão, desta vez sem o mano Moisés, quem sabe o meu calvário estava predestinado nas mãos dele!

Luanda - 15.04.17

Marcas do tempo |SE DAR O DIKUDILO

DIKUDILO


Não sei se o termo é que evoluiu para outros cantos da linguagem, ou o acto em si sumiu do conceito festivo de se agarrar pós-parto.
Question:. Será que já não se dão ‘Dikudilos*?’

*Termo da região dos ambundu usado para o primeiro envolvimento intimo dos casais depois de um parto, por regra ou para os mais calmos, apenas depois de um mês, enquanto os mais assanhados, whaaa!

quinta-feira, 13 de abril de 2017

SÃO CENAS MIZIRMÃS! - TICHA

SÃO CENAS MIZIRMÃS!
- Vai pra isso!
- Vai praquilo tu!
- Vai tu praquilo ai você!
- Vai você primeiro praquilo também tu!
“Xé Ticha, você miúda de dezasseis, essa senhora que estas a mandar para todas as componentes daqui e dali não está na idade da sua mãe”?
“E depois, ela quer o que! Apanhei o meu deputado a descer do Jeep e ela se mete a minha frente porque”? É lenta, não atrapalha, eu sou grossista … vamos embora fofo… michiuuuu”!


Luanda 14/04/17