sábado, 20 de janeiro de 2018

Uns Bons Minutos Vividos em Katutura.

Há nomes emblemáticos de lugares que despertam atenção pela sua misticidade e a titulo disso os casos como nosso Sambizanga, em Luanda, São João no Huambo em Angola e o Soweto na África do Sul.

Subentendendo-se por uma estreita ligação do meio, a forte presença de mulheres e bebedeira rija, o que podem levar a esbarrar em pancadarias de sair torto e se arrepender em ter pisado pé em terreno alheio. São assim também, segundo se conta as favelas do Rio de Janeiro.

Desta vez caiu-me o Katutura, bairro situado em Windhoek capital da Namíbia, vim viver o meu lado paterno dos Nhaneka Umbi, gente de grandes pastos e adaptados a transumância. Foi a procura de bom pasto que levou o meu avo ao Centro de Angola com parte da sua manada.

Vendo bem, acho que vem dai o meu gosto por criar galinhas e alguns animais comestivelmente saborosos, menos cão e gatos, destes não gosto, a não ser que um dia eu venha a nascer chinês, ou me ponham anestesia total primeiro.

Voltando ao nosso Katurura, descaímos para o mercado da carne, sol a pôr-se, num espaço aberto, onde por via de regra, dão-nos a possibilidade de provar cada peça de uma ponta a outra da fila e quando nos decidirmos comprar já temos meia pança aviada.

Qual colesterol qual que! Diante desta tão degustativa carne de vaca e o seu gindungo típico, não tem olho que resista.  Nesta competição a Gê quase retia-se que nem abelha no mel a devorar tudo, apreciada quase ao mesmo ritmo por mais dois acompanhantes nesta caso a Arminda e Verónica, como parte da tour. 

Oh Doutor, diga-me lá, também não é por um dia de felicidade que vou morrer!
Se for necessário um gajo come já a carne misturando os tais comprimidos para a redução de colesterol e mas nada.

O QUE ACHAS?!

***
É um extenso bairro na periferia de Windhoek, Namíbia, tendo sido criado aquando da política de apartheid. Tem actualmente mais de cem mil habitantes.

Can I ask you a question

A poucos minutos do destino numa corrida de cerca de vinte minutos, o chofer de táxi Namibiano olha seriamente para mim, como se a afogar a admiração no calor desértico do Kalahari, pede permissão para me dirigir uma pergunta. 
“Sir can I ask you a question”?
Ledo engano à minha imaginação, o que o homem quis saber é o seguinte:
“My friend (continuou em inglês) diga-me lá se a corrupção em Angola é assim tão grave quanto aqui na Namíbia”.
Juro que fiquei sem saber o que responder ao tipo, até pensei que o homem queria testar a minha sanidade mental, deve ter sido mandado para me perseguir.
Não sei se fiquei com pena do homem ou da Namíbia, porque quanto a mim e a minha Angola já oramos em todas as Muximas.
Assim que o homem arrancava a viatura e recomeça a marcha si atrás dele a correr e gritei:
"My friend, my Friend (também no meu portingles) a nossa corrupção é endémica, significa que é pior, com a única diferença, que já se fala abertamente sobre o tema. Estamos ainda nas teorias, mas parece que já vamos nos safando, ouviste bem my friend"?!

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

UM PONTO PRÉVIO A FAVOR DOS HERÓIS DO MICROFONE


A audiência ao PR destapou mais uma vez a fraqueza de uma classe amordaçada por anos a fios.
Se me perguntarem se gostei do desempenho dos camaradas do microfone? Claro que não.
No entanto seguem os pontos prévios avisando a nossa ‘curta’ memória:

- Que esperar de jornalistas obrigados a adicionar à profissão um ou dois cartões de militante, para poder circular aos meandros da (des)informação!
- Que esperar do homem da voz, quando a meta contra a fome passa a ser a rampa para a fuga para áreas de comunicação e imagem, adido de imprensa de embaixadas ou a apetecível acessória de primeira esquina.
- Que esperar quando por anos se chama atenção aos cuidados a se ter com a língua, sob pena de perder o pão sagrados dos putos no kubico.
- Que esperar quando se manda pintar o preto para branco, os problemas que todos vemos azuis, com recados de gente invisíveis excias a não dizer que não viram o que viram.
- Que esperar quando se perdem referencias na fuga dos 25 mil kuanzas e o desespero atinge uma classe desprotegida se conflitua e amarrada em consciência, máquinas fotográficas apreendidas por um simples ‘olha o passarinho’.

São estes nossos irmãos da voz que em viagens de serviço quase são levados a bauka do avião enquanto os outros também servidor públicos, lançam-se em petit-déjeuner com moet chandon e caviar a la gard.
São os mesmos que no exercício de funções, apanham bicos e galhetas nos primeiros de Maio dos Kibulos a Revus.
Como dominar as técnicas de entrevistas, se abandalhados na arrogância; ‘ouve lá, eu já disse, não falo para imprensa’.
São esses meus heróis que a sociedade se ri, hoje, desta classe fragilizada, senão a mais fustigada e silenciada no terror durante estes anos afins.
Que venham outros benevolentes JLO, para a abertura que se quer para esta sociedade e um dia deixará de se rir, de quem chora.

sábado, 6 de janeiro de 2018

AS CONVERSAS QUE NÃO ESTAVAM BEM CONTADOS

Ora bem, ora, ora, senão vejamos

Um pouco por culpa das imagens da TPA 2 que num rompante se tornaram ‘gato’, atingimos o cume de quando zangam-se as comadres e descobrem-se as verdades.

Sem necessidade de esforço algum, deu para ver e bem, no recente comunicado da TPA, que nós andamos de facto sempre a subir, para baixo, e a enviesados. isto por força de um custo inflamado, desproporcional aos resultados alcançados, se os ouve.

Contas feitas, se os números anuais dos USD não reajustados e factos apresentados receberem o selo da verdade, concluímos que andamos a ser maiuados e neste acaso, fazendo recordar um digníssimo dirigente desportivo que mesmo gago, rouco e desafinado, afirmou que com metade desta massa cantaria mais que o Pavatori.

Dá nisso e temos sido avisados desde miúdos. que construir em terreno do sogro, um dia desses levas as chapas e portas aos ombros ou lerpas tudo.

Pois, a saída de fininho dos anteriores inquilinos deixaram a casa toda nua e quanto as imagens actuais, acreditamos nas crianças, elas simplesmente não mentem.

Oh TPA que estas connosco agora, oh utopia, fica como?!



segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Dancei o Revellion com a Familia Cassanje.

2017 no seu final. Chuva miudinha a querer enguiçar a coisas, mas nós aqui rijos da silva. Nem a musica do Yuri da Cunha ‘se’ aguentou nos pôr a tirar o pé do chão.

Se fôr para ficar doente um gajo inventa outro dia e dessa forma neutralizamos drasticamente a dor de dente que queria estragar a festa, uns aconselhavam tabaco de quimbundo, outros mandavam bocejar Dry Gin. Minha comadre, comigo eu escolheria esta última opção, ainda que fosse para beber um litro. Eu mais!

Fomos aguardados a chegada, os kandandos com meu compadre Arão Samunda e sua esposa começavam na porta de entrada, somos kambas de ninguém nos travar, até a minha mboa só nos olhava espantada se essa nossa amizade é como então!

Entramos tudo de branco no local do crime, estávamos bem bonitos, estilo é estilo de se esticar de verdade, seguidos do meu sobrinho de Benguela que se surumbou com a piscina.
Las Comadres
Mesmo com o dente a enguiçar o sorriso está lá

Não tem método possível de travar este Réveillon da família Cassange, cujo cartão de visita é a beleza das damas. Ah, porque, compadre te apresento a minha irmã! Ah, porque, compadre essa é a dama que ‘ouve´o meu primo! Ah porque compadre essa é a minha sobrinha, filha do meu primo que lhe nasceram no meu tio Filipe, filho da avô Natunga de Muxinda. Possas pá todas bonitas, bem balas! Bem no ponto, tipo não envelhecem!

Eu que ‘estou parece’ tenho doença de preguiça, fui para duas horas mas ganhei vontade de não voltar para casa, aí não havia porque eu danço em privado, queres ficar esquisito devias escolher ir a um óbito, aqui não pá!

“A saia dela oh a saia dela, o corpo dela oh o corpo dela”
A hora Zero

Comidos e bebidos até chegar a hora dos Kandandos, gritos e foguetes dentro e fora, se abraçar até se pular nas costas, não fosse a chuva se atirávamos ao chão, passamos para o 2018 da esperança, faça chuva ou faça sol, este ano tem de ser de vitorias.

Pensas que a festa acabou por ai?! Estas mal-enganado, os últimos resistentes não acabavam, tem gente com estrutura para um bom caldo e outras culinárias da terras de Samanhonga. 

Quem esta viajando pelas tugas da vida ou com truques de candimba de não ter ido, não sabe o que perdeu.

Se amanhã vamos mesmo trabalhar é assunto que esta em debate, estamos a pensar seriamente em se dar uma tolerância de ponto sem kigilas. Quanto a crise, que fique apenas pelos relatórios do BNA, aqui deste lado está amarrada.

Meu compadre, nossa matriarca e família limitada, a ser como vi ontem, acho mesmo que devíamos organizar um réveillon todos os meses, contem comigo, ainda que for somente, para se batermos Kwata HOKO!

G A L E R I A