Ao trata-la por Guiselda
Tainara Salgueiro Portelinha certamente, muito boa gente torceria o nariz a
procura do norte ou da bússola, para se posicionar nas coordenadas que as
conduziriam até a Selda – Morena de Cá.
Tal como em outras edições, esta foi a presença da cantora no
palco do JazzMent, sendo o segundo momento feminino depois de Sandra
Cordeiro, por sinal, as duas a partilharem momentos de mimos e cumplicidade no
papel primo maternal.
A noite prometia boa casa em termos de público, enquanto a
banda residente marcava a habitual tertúlia harmónica com instrumento baseados
em cordas e percussão, introduzia os presentes para o momento impar que nos
aguardava meia hora depois.
O anúncio na voz Herlander
Glenóide colocou Selda no palco e a morena de pés ao solo surgiu para ocupar
a sua zona numa sua voz sublime, prometendo uma viagem decididamente agradável,
numa certeza que mobilizou um público que se esmera para ouvir música a altura
dos encargos e ela fez por consegui-lo.
Bem posicionada no circuito do soul-music, levou-nos a apreciar
temas seus entre, Aquela Rua, Palavras Doces, Apaixonada, Mufete,
Reviravolta e interpretações bem conseguidas de
compositores de classe como os nacionais Jomo Fortunado e André Mingas, Filipe(s)
Mukenga e Zau, passando por Bob Marly e outros, numa noite de embalar corações
e estabilizar emoções.
Um destaque para Toty
Sa’Med que gozando de uma convivência de proximidade laboral com a cantora enquanto
na banda os The King, qual rei o foi, usando do papel duplo para entre a
guitarra juntar a sua voz em duetos preconcebidos, pois trata-se de uma indissociável
coabitação que realça a irmanação entre o dedo e a unha.
Noite a dentro, fomos a convite da cantora debitando nossas
vozes já roucas de uma cervejinha gelada que corria garganta a dentro em pleno
cacimbo e impulsionados por sonhos frustrados de querermos ser cantores um dia,
por ser xique ser aplaudido!
Surpresa maior foi o fecho magistral, com um palco do
JAZZMENT pintado com cicerones do canto no feminino, num magistral Humbi Humbi,
apontada como canção final, só dando palmas e assobios destemidos para Erica Nalumba, Sandra Cordeiro, Lípsia e
a anfitriã do dia, Selda.
Video da musica "Aquela Rua"
[O JAZZMENT é tão-somente um espaço lúdico que se desafia para a autenticidade
e harmonização consistente. Aglutina momentos válidos da música como arte, no trilhar
de caminhos erguendo memórias ao luandar do Moments que se esmera].
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