terça-feira, 16 de agosto de 2016

SELDA EM GRANDE MOMENTO NO JAZZMENT

Ao trata-la por Guiselda Tainara Salgueiro Portelinha certamente, muito boa gente torceria o nariz a procura do norte ou da bússola, para se posicionar nas coordenadas que as conduziriam até a Selda – Morena de Cá.
Tal como em outras edições, esta foi a presença da cantora no palco do JazzMent, sendo o segundo momento feminino depois de Sandra Cordeiro, por sinal, as duas a partilharem momentos de mimos e cumplicidade no papel primo maternal.
A noite prometia boa casa em termos de público, enquanto a banda residente marcava a habitual tertúlia harmónica com instrumento baseados em cordas e percussão, introduzia os presentes para o momento impar que nos aguardava meia hora depois.
O anúncio na voz Herlander Glenóide colocou Selda no palco e a morena de pés ao solo surgiu para ocupar a sua zona numa sua voz sublime, prometendo uma viagem decididamente agradável, numa certeza que mobilizou um público que se esmera para ouvir música a altura dos encargos e ela fez por consegui-lo.
Bem posicionada no circuito do soul-music, levou-nos a apreciar temas seus entre, Aquela Rua, Palavras Doces, Apaixonada, Mufete, Reviravolta e interpretações bem conseguidas de compositores de classe como os nacionais Jomo Fortunado e André Mingas, Filipe(s) Mukenga e Zau, passando por Bob Marly e outros, numa noite de embalar corações e estabilizar emoções.
Um destaque para Toty Sa’Med que gozando de uma convivência de proximidade laboral com a cantora enquanto na banda os The King, qual rei o foi, usando do papel duplo para entre a guitarra juntar a sua voz em duetos preconcebidos, pois trata-se de uma indissociável coabitação que realça a irmanação entre o dedo e a unha.
Noite a dentro, fomos a convite da cantora debitando nossas vozes já roucas de uma cervejinha gelada que corria garganta a dentro em pleno cacimbo e impulsionados por sonhos frustrados de querermos ser cantores um dia, por ser xique ser aplaudido!
Surpresa maior foi o fecho magistral, com um palco do JAZZMENT pintado com cicerones do canto no feminino, num magistral Humbi Humbi, apontada como canção final, só dando palmas e assobios destemidos para Erica Nalumba, Sandra Cordeiro, Lípsia e a anfitriã do dia, Selda.

                                         Video da musica "Aquela Rua"








[O JAZZMENT é tão-somente um espaço lúdico que se desafia para a autenticidade e harmonização consistente. Aglutina momentos válidos da música como arte, no trilhar de caminhos erguendo memórias ao luandar do Moments que se esmera]

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