|SÃO CENAS MIZIRMÃS|!
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Eram três da madrugada e o homem não parava de declamar,
pisava forte no chão e batia com as mãos e a cabeça na parede enquanto citava
cada verso, era assim a já uma semana a procura do motivo de tão pouca sorte.
Altas horas no meu quarto e tu bates a porta.
Recebo-te empolgado que até rasgo a minha camisa.
Encostas no meu peito cru e te devoro com dentes de aço.
Meu coração martela forte e me das vontades delirantes.
Ai se te pego um dia mboa Fina, filha do carpinteiro
Marcolino.
Aiiii mboa Fina prometo que desta vez vou mudar,
Vutuka, nga kudiondo chérie na ngai. (regressa, por favor).
“Então vizinho tanto barulho, durante toda a noite não nos
deixas dormir à vontade, o que se passa”?
“Caro respeitável vizinho, estou a declamar poesia lírico-fulminante do rompimento delirante, uma versão de poesia interligada aos
espíritos. Quem me tocar nessa hora, desmaia ou morre com raios ultracósmicos,
quero de volta a minha Fininha”.
“Man Barras tu pensas que é assim que ela vai voltar? Ela
fugiu mesmo esse barulho, basta beberes, não dormes, parece que misturas álcool
com coisa estranha, qual é a mulher que aguenta isso, qual”?
“Meu vizinho tu não me enganas, sou macaco velho, eu Man Barras aqui mando e ela
obedece, uma mulher que eu comprei com bois e cabritos no alembamento, como é
que me deixa assim e por cima tu vens com estas trovas de meia tigela, em vez
de ajudares ir a busca dela, ficas aqui porque fionko fionko (xiças) ”?
Ai minha mboa Fina das cochas longitudinais.
Busco-te com lágrimas de crocodilo e vem este vizinho
linguarudo a me atormentar.
Sai vizinho, satanás amarraaaado, se não ajudas, não
atrapalha, seu agitador intriguista.
Enquanto declamava, com a mesma violência ia procurando
alvos para bater e quase apanhava as bochechas do vizinho que se retirava.
Garrafa de aguardente abaixo do meio, (a última que tinha sobrado das boas festas do natal) sem dar por isso a bebedeira passava dos limites, caiu ao chão e adormeceu.
Garrafa de aguardente abaixo do meio, (a última que tinha sobrado das boas festas do natal) sem dar por isso a bebedeira passava dos limites, caiu ao chão e adormeceu.
Feito os corredores, a dama voltou à casa a pedido dos
vizinhos que não dormiam de tanto barulho, era ela com uma criança ao colo,
outra na mão, uma trouxa sobre a cabeça e uma tia que acompanhava para o
regresso glorioso.
"Vizinha volta só no teu marido, vizinha volta por favor senão o coitado vai morrer, vizinha volta por causa das crianças, vizinha ele te ama". Lá ela cedeu aos prantos.
"Vizinha volta só no teu marido, vizinha volta por favor senão o coitado vai morrer, vizinha volta por causa das crianças, vizinha ele te ama". Lá ela cedeu aos prantos.
Ao chegarem vêm Man Barras deitado de bebedeira a roncar
que nem um hipopótamo em crise asmática, sem acreditar, vendo-o estatelado, a memória dela regressou às amarguras
vividas, revoltou-se e nem se desfez da bagagem, regressou para a casa
de seus pais, onde sentia-se melhor.
“Perdão para esse louco, jamais, nunca Ndingui, (nunca mais) fica com a tua maluquice senhor Man
Barras, me perdeste de vez, manda só a mesada das crianças, porque eu já estou
a ir aceitar o outro homem que me quer, vou viver a minha vida”.
Essas palavras acordaram o homem, que sem forças para
reagir a retirada da sua amada, da boca apenas saia ‘bla, bla, bla Fi-ni-nha’,
voltou a cair e entrar num sono profundo, até não poder mais. Estava ditada a
sentença do insurrecto Man Barras que prometia vingança . RAPAZ, QUERES MAS
QUAL AJUDA?
QUAL AJUDA?
Sengar - Separação de casal, geralmente as mulheres - abandonar o
lar.
Habana o poeta vai pirar
ResponderEliminarWaweeee
ResponderEliminarMinha fininha de coxas longitudinais ������������������������
Vás ficar na vontade ������
O homem esta a se matar devido as estruturas. Kkkkk
ResponderEliminarFininha nguiloloke eme maza nga nwine, Fininha nguiloloke eme maza ngakodyuile(Fininha me perdoa, eu ontem ontem bebi, Fininha me perdoa, eu ontem estava bêbado)... Ngondyondo vutuka( volta por favor).
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