Este músico já é um projecto acabado do ponto de vista de
realização e identidade musical.
Foi bom te-lo visto no Palácio de Ferro, aí mesmo em frente a ENDIAMA.
Feito que está um espaço que decide albergar a arte real, eis-nos diante um
casamento entre a pintura, escultura, dança e música, um verdadeiro encanto de
arte.
Depois de uma reforma, o local assimilou deste
modo, um conceito que se designou chamar TRIENAL DE LUANDA, já na sua 3ª
edição.
Quanto ao músico, sentiu-se que esse rapaz de sangue ovambo,
definiu bem o seu rumo e enveredou pelo caminho mais sólido para se impor no
mundo da música, optando pelo clássico angolano e é na música clássica onde
reside o toque da sua insistência.
É ai onde flui a exigência para a perfeição e a aglutinação da poesia com os
argumentos mais sofisticados da melodia e harmonia.
O desenvolvimento enquanto músico, ocorre num momento em que
Gari poderia muito bem abordar estreitamentos de métodos e poderia com dois
súbitos toques, chegar a um estrelato cujo sentido realçaria apenas argumentos
de comercialização, sem importar-se que a música é muito mais que isso.
Como sempre, esteve presente uma perfeita exibição e verdadeira
orquestração de classe e investigação.
Gari Sinedima conseguiu, e é neste alcançar que ontem na
Trienal, pode fazer-me embalar, reflectir, flutuar no tempo e fazer a alma
dançar com os ancestrais.
Neste espaço bem vindo para quem ama a arte, fez-se duro deixa-lo
com um sabor de quem; “quer mais”!
Obrigado, meu MUCHAMANI - PILUKA.
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