terça-feira, 26 de julho de 2016

GARI SINEDIMA - O ASTRO QUE DESPONTA PARA O ALERTA

Este músico já é um projecto acabado do ponto de vista de realização e identidade musical.
Foi bom te-lo visto no Palácio de Ferro, aí mesmo em frente a ENDIAMA. 

Feito que está um espaço que decide albergar a arte real, eis-nos diante um casamento entre a pintura, escultura, dança e música, um verdadeiro encanto de arte.
Depois de uma reforma, o local assimilou deste modo, um conceito que se designou chamar TRIENAL DE LUANDA, já na sua 3ª edição.

Quanto ao músico, sentiu-se que esse rapaz de sangue ovambo, definiu bem o seu rumo e enveredou pelo caminho mais sólido para se impor no mundo da música, optando pelo clássico angolano e é na música clássica onde reside o toque da sua insistência.

É ai onde flui a exigência para a perfeição e a aglutinação da poesia com os argumentos mais sofisticados da melodia e harmonia.
O desenvolvimento enquanto músico, ocorre num momento em que Gari poderia muito bem abordar estreitamentos de métodos e poderia com dois súbitos toques, chegar a um estrelato cujo sentido realçaria apenas argumentos de comercialização, sem importar-se que a música é muito mais que isso.
Como sempre, esteve presente uma perfeita exibição e verdadeira orquestração de classe e investigação.
Gari Sinedima conseguiu, e é neste alcançar que ontem na Trienal, pode fazer-me embalar, reflectir, flutuar no tempo e fazer a alma dançar com os ancestrais.
Neste espaço bem vindo para quem ama a arte, fez-se duro deixa-lo com um sabor de quem; “quer mais”!

Obrigado, meu MUCHAMANI - PILUKA.
                                                                       

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