Sol ameno e o prazer da vida gozado depois
do trabalho no campo, era sempre por volta das 16h00 que o ancião do bairro
Ngulondua no Huambo aparecia com o cachimbo em mão e um chapéu sobreposto no
cimo da cabeça, rodeava-se por jovens ansiosos em ouvir as suas controversas
histórias de vida.
Ame Epolua ndalimuile, querendo dizer que;
(fui a única pessoa no mundo a estar próximo do arco-iris), dizia que, sempre
que aparecesse um arco iris no bairro, todos procuravam manter-se distante e aquele
que tentasse aproximar-se dele, tinha a morte certa, pois o arco-íris não
poupava adultos nem crianças.
Ciakalako ñgo kuti o olimola muele ofa.
(era de tal forma tão perigoso, que bastava ver o arco-íris tinha-se logo morte
imediata).
Incrédulos os jovens questionavam se o
que ele estava a contar era verdade, qual era a sua idade na altura e como era possível
tal feito?
São questões que ele não respondia de concreto,
mas mantinha a sua valentia por ter sido até agora o único a abraçar o arco-íris
em todo o mundo e estar vivinho da silva, era até agora um, entre os vários feitos
inédito do vavô Lolando.
Sem comentários:
Enviar um comentário