A
Casa Das Artes ao Talatona aturou-nos no acto que marcou mais um assalto ao dia
do herói nacional, lindo espaço, momento memorável para chorar o Mguxi!
Não
fosse acordado da minha desatenção que vai advertindo a alguma amnésia
prematura, sem dúvidas que eu perderia o melhor show que os Lyrikhus alguma vez
mostraram-me a ver.
Embora
tendo-os assistido diversas vezes, o grupo elevou-me aos pícaros pela dimensão
musical proporcionada neste áureo evento. Simplesmente foi demais para esta alma desamparada!
Começou
assim; Rostos sorridentes, eu meio acanhado, fascínio e glamour, semblante expectante
na plateia, um piano, instrumentos ligeiros de percussão no palco, fotógrafos e
flash aproveitando o suspense e abrir com o dedilhar sensual da pianista Anarelis
Martinez uma linda senhora feita para a canção,
Na
sequência surgiu o deslumbrar das vozes dos anfitriões, foi um assalto ao
concerto intimista, onde os músicos, entre uma palavrinha e uma pitada de
humor, ressaltavam o tons graves da melodia, fazendo-nos ouvir clássicos de
Mozart, da Opera Boheme de Puccini, Opera Rigoletto de G. Verdi em canções como
M’Appri, Some Enchanted, Lecuona, como uma autentica aula de arte, aclamada com
palmas de um público que se rendia ao talento.
A
noite não deixava de elevar os ponteiros do relógio a cima e os maestros Gomes,
Brunno e Mendes, surpreendiam-nos com propostas de fazer o chapéu tirar-se por
si, pois não havia tempo para que a mão cumprisse esse papel de respeito e admiração
de tão estática que estava por estupefacta!
Foi
decerto neste calor que nos foi apresentado o convidado da noite, professor
Armando Vibungana que com três canções, a solo, um dueto e em
quarteto com os senhorios, aguentou-nos com a mestria de um Barítono perfeito.
Sucederam-se
momentos e entre uma proposta apôs outra, dava-se lugar a professora cubana Maitê Fernandez que com também três números vislumbrou a sala, dando azo a uma vénia.
Acreditando
que o momento seria somente de puro clássico, desengane-se, saiu do camarote o
homem inseparável da guitarra, cantando por beber, Luz, Luzingo Malembe,
canções que foram pondo involuntariamente as palavras na boca do publico que
seguiu o canto de Totó ST na antecâmara do fecho, mantendo a chama do show. Esse
homem está feito outro senhor a considerar
Sucederam-se
os momentos e o entusiasmo piorava, pois, estes três catedráticos da musica,
formados em Cuba, agigantavam-se e guiavam-nos a luz de uma música bastante culta, dando lugar ao medo de ver a cortina fechar-se, pois os Lyrikus cantavam de tal
forma que a mente se adaptara a querer mais.
Ao
ditado que nos lembra que “o pano emprestado não acaba o batuque”, chegávamos ao
fim com o romper do clássico Nsanda de Teta Lando, o La Donna E Mobile, Da Opera
Rigoletto de G. Verdi e o Nguixi, canção
dos irmãos Cafala(s) e assim calava-se a noite.
Vestidos
pela estudante de Designe Chindinha Martins assistimos a um concerto que fechou
em grande o meu feriado prolongado, logo e apenas a marcar as primeiras horas.
Eu
o Capitango e o Roque de Oliveira e acredito que todos os convivas, de tão alegres, saímos do local a rir à toa.
Valeu,
valeu, para a Honra e Gloria aos Heróis Tombados.
G A L E R I A
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Os Lirikhus é um projecto formado por três
jovens Angolanos, Gomes Domingos
(tenor), Emanuel Mendes (tenor) e Bruno Neto (barítono) graduados pela
Universidade das Artes de Cuba.
Apresentaram-se a público a 17 de Setembro 2007, na Casa da Cultura de Angola
em Cuba e de lá para cá, são vistos em palcos de Angola e do Mundo, mas
sobretudo na docência como professores do
Instituto Superior de Artes em Luanda onde emprestam o seu saber para o
desenvolvimento padronizado do canto, da música e das artes em Angola.
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Fotos: Tucanaré Lopes
Administrador repórter: Lauriano Tchoia
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