sábado, 27 de outubro de 2018

A PULA QUE ME DESARMARAM POR SER BOELO.


Coisas da vida que já tive e ai dela se voltasse.
“Donaa Angelina boa tardeee, queremos brincar com o Piriquito”.
O meu ensaio foi com pulas, a menina Natália cabelo até à cintura, cabelo esse que não é de aumentar amarrando com o da India.
“Ele esta lavar a loiça e tem de estudar, voltem depois”
Lá voltavam mais tarde e a brincadeira saia de marido e mulher, enquanto eu ia a oficina fazer chaparia em latas de carros imaginários, ela e as duas amigas cozinhavam flores que depois comíamos a mesa e dávamos um pouco à boneca ao colo. Mais tarde mandávamos o dia ficar noite e dormíamos com a boneca ao meio.
Eu era o king até que um dia fui contar ao ToZé, sobre as minhas peripécias e o contragosto de ela me levar a passear abraçado pela rua, imitando um passeio ao domingo a tarde. Juro que eu aos nove anos não estava preparado, yo me morria de verguença.
Dia menos dia veio o Tozé e o mano Luis, viram a minha brincadeira sem proveito e compreenderam a minha burrice de não saber que era no aproveitar que estava o ganho. Dia seguinte já não era mais eu o marido de brinquedo, me receberam a mboa pula porque eles já sabiam beijar, e desconfio que até mesmo “malecriado” que dava medo e surra, os gajos faziam, até porque lhes encontrei a se beberem saliva.
Pronto, acabou, perdi a mboa por simples falta de rodagem. Se eles pensavam que eu ia chorar, nem já, mas não gostei.
Se fosse agora...?!!

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