Isso tudo para
dizer que, tive de aprender a dançar em menos de vinte e quatro horas para
responder a um convite de umas balabinas que foram a Cabinda visitar-nos, …pedem
já outra coisa, …não! Queriam ir a discoteca Vitó. Molhei!
O convite caiu-me
como bomba, transpirei que nem pardal ao forno. Como iria encarar aquelas duas latonas
de Luanda só assim, sem riscar nem nada?
Dinheiro para
pagar os ingressos e os beberetes não era maka, o salário acabava de cair e o
meu kamba logístico me tinha abonado com uns quibutos de arroz e açúcar que fui
paiar no Tafe e aumentar o badget, o assunto aqui era riscar com os pês no chão,
ou não.
O gajo do Kinanga
com quem tínhamos de ir à disco não se importou com isso, mandava muita goela e
para ele, um, dois, um, dois já estava bom. Tomará o gajo era do Uíge e logo de
Kimbele.
Safou-me o Luís Marques que das 20H00 a meia noite, deu-me aulas até um, dois, três e na manhã
seguinte, fui a casa dele para me ensinar a curvar com a mboa nos braços,
primeiro curvar a esquerda e depois curvar para a direita.
Sai dai com meia
aula e o resto ele pediu para eu inventar já no terreno. Valeu a pena ter amigo
bailarino, porque de contrários eu iria mentir que estou em missão de serviço a
dar bué de tiros no inimigo, não sou gajo de aguentar estiga.
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