De visita a terra mãe, Man Barras
vivia se beliscando para sentir se o corpo emagrecido pela zunga era mesmo dele,
os olhos apardalados não o impediam de ver a felicidades dos outros.
“Viva o camarada presidente fulano que nos faz
bem” . “Viva”. É que o povo dizia viva, pulando, sem necessidade de espontâneos
artistas, estes fazem-se.
A mudança de vida afinal não custa;
A cerca de dois anos o município recebeu 20 tractores, duas sementeiras, e 3 alfaias
para colheita de cereais, tudo enviado por sua excia, coisa de custos, mais ou
menos dois Lexus.
Estava em efervescência a terra, o
bom do presidente do novo governo que recebemos agora, fazia tudo para ver o
seu povo feliz, logo depois de eleito, pegou em um município por província para
pilotar modelos sustentáveis, com pouco dinheiro e participação do povo.
Abriu-se um banco de microcrédito
e o povo recebeu dinheiro que pagou no final da campanha depois da colheita. Abriram-se
lojas de semente e adubos e o povo comprou e pagou e restou para contribuir
para uma pequena cooperativa habitacional que erguia casas sociais condignas
que cada camponês pagaria em cinco anos.
O escoamento do produto, foi
canja, compradores e produtores se uniram, terraplanaram as vias e o produto
saia para as cidades em cadeia. Quatro engenheiros voltaram felizes a terra, entre eles o meu compadre Samukongo.
Furos de águas subterrâneas e ruas
iluminadas com painéis solares traziam a felicidade e a bonança de modos que havia
até mulheres que queriam ter dois maridos já.
Man Barras estava de boca aberta
por ver que o povo afinal não é preguiçoso, bastam-lhe apenas meios, um bom
governo e o resto era conversa.
As crianças luziam nos lábios de
sorrir e nas barrigas cheias o brilho fazia espelho.
Planos na cabeça de Man Barras
viraram infinidades, voltar a cidade, …nunca dingui, pena que entre planos e
outros, estava acordando de um belo sono, filho da pe.u.te.a.
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