Ouvir cantar Ruy Mingas foi
sentir o ritmo no refrão da poesia que se entrelaça no nosso consciente comum.
Cantar Ruy Mingas foi viver a unidade nacional e rebuscar a profundeza da alma na
bandeira de um povo que só, e apenas, quer e luta para ser feliz.
A plateia no CCB viveu uma noite ímpar
e rendemos-nos todos aos pés de um angolano cuja dimensão transcende o sentido único
da sua existência enquanto homem dedicado a terra.
O abrir da cortina representou
para os presentes, o testemunhar do render da guarda entre gerações, esta
última, com a obrigação cuja obra do mestre devem eternizar.
Chamados à desafios inúmeros, a
Nova Energia convidou Kizwa Gourgel, Totty Samed, Gari Sinedima, Dodó Miranda,
Sandra Cordeiro, Brunno e Mendes dos Lyrikus, José Kafala, Edzila todos a solo
e em duetos, tinham a missão singular de pôr em palco o canto de Mingas, o Ruy.
“Estou
particularmente feliz por estar aqui com os angolanos e particularmente com os
jovens Angolanos” palavras do homenageado a conferir irmandade como
pressuposto de valorização dos filhos da mesma pátria.
As duas horas e meia fizeram-nos
reviver momentos felizes, aberto com Xi yame (minha Terra) na voz de Kizua
Gourgel, passaram Totty Sa’med e a voz eximia de Sandra Cordeiro, oh, que
talento, que voz angelical enquadrada no recital.
A noite nostálgica docilizava temas
de Bonga em Mona moma mwene kissueia uweza,
mona mona muene kalunga nguma, as legendárias guitarras de Teddy Singui e Carlitos
Vieira Dias tocaram as memorias de Belita Palma e Liceu Vieira Dias, o tio dos
Mingas.
Foi o superar de cada interprete avisando
que a noite seria para emoções acentuadas, estava criado um ambiente frenético para
alicerçar momentos que marcam o nosso mosaico histórico cultural. A cultura
ganha quando meninos de berço como Kizwa, Totty Sa’med e Daniel Nascimento se
envolvem na música folclórica ao ritmo do reco reco e da Ngoma e arrasam num pé
de dança cadenciado.
Cantares com poemas de Viriato da
Cruz e António Jacinto em temas que não nos deixariam indiferentes, cantares
com André Mingas num momento que foi sublime na voz de Gari Sinedima em “Oh Cipalepa eteke limue ndakusangele”, cantares com a nossa gente que se orgulha do seu cantor.
O Show conciliava-se entre a
trova e folclore dos Kituxes, o semba solto do União mundo da ilha nos fez
dançar folgados no passo típico ao som da puita.
MOMENTOS DO SHOW
Video do Show
G A L E R I A
Adorável Descontracção |
Charme para exportação |
O dia da Felicidade |
Haja Homem |
Entidade de alta segurança |
Depois de um bom papo |
O mesmo Cruz |
Assina: Lauriano Tchoia
30/04/19 - Luanda
30/04/19 - Luanda
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