terça-feira, 9 de janeiro de 2018

UM PONTO PRÉVIO A FAVOR DOS HERÓIS DO MICROFONE


A audiência ao PR destapou mais uma vez a fraqueza de uma classe amordaçada por anos a fios.
Se me perguntarem se gostei do desempenho dos camaradas do microfone? Claro que não.
No entanto seguem os pontos prévios avisando a nossa ‘curta’ memória:

- Que esperar de jornalistas obrigados a adicionar à profissão um ou dois cartões de militante, para poder circular aos meandros da (des)informação!
- Que esperar do homem da voz, quando a meta contra a fome passa a ser a rampa para a fuga para áreas de comunicação e imagem, adido de imprensa de embaixadas ou a apetecível acessória de primeira esquina.
- Que esperar quando por anos se chama atenção aos cuidados a se ter com a língua, sob pena de perder o pão sagrados dos putos no kubico.
- Que esperar quando se manda pintar o preto para branco, os problemas que todos vemos azuis, com recados de gente invisíveis excias a não dizer que não viram o que viram.
- Que esperar quando se perdem referencias na fuga dos 25 mil kuanzas e o desespero atinge uma classe desprotegida se conflitua e amarrada em consciência, máquinas fotográficas apreendidas por um simples ‘olha o passarinho’.

São estes nossos irmãos da voz que em viagens de serviço quase são levados a bauka do avião enquanto os outros também servidor públicos, lançam-se em petit-déjeuner com moet chandon e caviar a la gard.
São os mesmos que no exercício de funções, apanham bicos e galhetas nos primeiros de Maio dos Kibulos a Revus.
Como dominar as técnicas de entrevistas, se abandalhados na arrogância; ‘ouve lá, eu já disse, não falo para imprensa’.
São esses meus heróis que a sociedade se ri, hoje, desta classe fragilizada, senão a mais fustigada e silenciada no terror durante estes anos afins.
Que venham outros benevolentes JLO, para a abertura que se quer para esta sociedade e um dia deixará de se rir, de quem chora.

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