A poucos minutos do destino numa corrida de cerca de vinte minutos, o chofer de táxi Namibiano olha seriamente para mim, como se a afogar a admiração no calor desértico do Kalahari, pede permissão para me dirigir uma pergunta.
“Sir can I ask you a question”?
Ledo engano à minha imaginação, o que o homem quis saber é o seguinte:
“My friend (continuou em inglês) diga-me lá se a corrupção em Angola é assim tão grave quanto aqui na Namíbia”.
Juro que fiquei sem saber o que responder ao tipo, até pensei que o homem queria testar a minha sanidade mental, deve ter sido mandado para me perseguir.
Não sei se fiquei com pena do homem ou da Namíbia, porque quanto a mim e a minha Angola já oramos em todas as Muximas.
Assim que o homem arrancava a viatura e recomeça a marcha si atrás dele a correr e gritei:
"My friend, my Friend (também no meu portingles) a nossa corrupção é endémica, significa que é pior, com a única diferença, que já se fala abertamente sobre o tema. Estamos ainda nas teorias, mas parece que já vamos nos safando, ouviste bem my friend"?!
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