Paz, silêncio e desafios de uma manhã comprometida com a vida.
A Nora em vestes curtas salta descontraída a varrer o quintal e põe um assobio
nos lábios com a música de Ana Joyce, enquanto a tal de quem se fala entra na
cozinha com o netinho ao colo, enche a mão de sal e lança panela dentro. Amigos
convidados para o almoço de sábado, cabidela salgadinha, mar e sal no paladar e
no prato, coragem. Yanda omongua!
Para
não estragar o lar, nem separar o que Deus uniu, Jo
e Kwemba amigos do jovem casal chamados para o almoço, mais bebiam cerveja que
comiam, tossiam, fingindo sorriso, diziam que petisco também não é para ser
doce.
A pobre Joaninha se vestiu no pânico por sentir o
sabor do veneno por perto, enquanto o marido vendia vontades de enterrar a
cabeça, só poderia ter sido a sua mãe; dupla culpa, num lado a progenitora de
outro lado a esposa.
Ainda assim, mamã Margarida sogra e
tal, chefe do grupo das mamãs e outros cargos na igreja ia-se rindo com palito
entre dentes, na boca. Tia revestida de Lúcifer o capeta, de sogra encarnou o
próprio diabo, a ponto de sempre que pudesse, fazia por resmungar que o bebé, mesmo
parecido ao pai, parece não ser, se é mesmo nosso?!
Oh reitora ou vice-decana do curso de feiticeiras?! Outra coisa
é azar, outra coisa mesmo boa, é conseguir boa sogra. Juro Mesmo!
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