domingo, 18 de março de 2018

O 'DIREITO' POLÍTICO DE ATRASAR AOS ENCONTROS


Para ser sincero nem sei por onde começar a me debruçar sobre este tema, de tão cancerígeno que se tornou. Porque é que os detentores de cargos públicos acham-se no direito de atrasar aos encontros.

Pouco me lembro ou devem ser raríssimas as ocasiões que tais empossados a ´nos mandarem´ tenham sido a excepção a este defeito que se tornou regra, atrasando em abertura de reuniões, comícios, palestras, concertos, sem o menor sinal de cortesia.

Não importa qual seja o encontro os homens rejeitam-se estar a hora, excluindo paradas militares por razões da disciplina castrense, manter o pessoal em prontidão combativa, não abriga com a falta de obediência, ai sim, a hora é respeitada.

Em quase todos esses nossos homens e mulheres de gravata e caneta Monteblanc, admira-me a coragem ao destrato que dão ao cidadão, pasma-me o tempo que fazem-nos queimar por uma audiência e a insensibilidade por não perceberem que a vida é feita de boas maneiras, ética, consideração e respeito.

Esses tais certos dotados a rei na barriga, contraditoriamente exibindo relógios mais caro do mundo, para feitio, nem se quer se dignam desculpar-se pelo seu atraso e quando o fazem, depois tardar duas horas ou mais, nos levam a perceber que foi ‘apenas um ligeiro atraso’.

Pois isso ocorre por cá, numa ocasião em que no mundo mais avançado um homem no seu juízo, se envergonha pelo facto de meter gente a sua espera e pede demissão. Enquanto aqui, nem já!  
Wakamba o Sõi!


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