“Até quando? Até quando essa vida assim meu Deus?!
“Mana Joana é o que mais dessa vez”?
“A tua sobrinha Sónia mana, a tua sobrinha, não é que se engravidou por ai
atoa”!
“Ham, ham, ham, aquela miúda bem calma ‘dasgrejas’, cheia de não me toques,
andar tipo não quer andar,eh, afinal tocou lá”?
“Tocou mana Minga, tocou wé. Outro azar é que o rapaz engravidou logo três duma
vez”
“O que? Logo quantas mana? Esse teu azar só da já p’ra chorar em inglês jura
mesmo, em quimbundo não vão te ouvir, essas mulheres viram o que nele”?
“Não sei mana, uma delas tem trinta e cinco anos e dois filhos, ficar com um
miúdo daqueles de dezanove anos, p’ra que?! ‘Otras’ coisas as vezes é azar
mirmã, o mundo esta no fim eh, eh, eh”?!
“Não fala assim mana, é açúcar de que que essa mãe seguiu numa criança”?
“Essa mais velha mesmo é que esta a dar problema, se bateu no chão a exigir
casamento, até já mudou para o anexo da mãe do rapaz, carregou fogão, botija e
tudo, sukuama”.
“E você deixa isso acontecer?! Isso faz levantar todos cabelos do corpo e do
espírito mana, …enfrenta! Vamos levar também a Sónia no gajo mana, não dorme
sono mirmã, não dorme sono mana Joana”!
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