Estamos todos na moda
das eleições, tanto mais que já se sente isso na carne viva e em ossos duros de
roer, esses que por alguma calvície vão dando sinais de artrite, mas ainda assim,
cumprem a missão de sustentação erecta dessa massa orgânica.
Entramos na derradeira
fase a um paralelismo ao circuito estilístico de tal forma que podemos ver pares
preparando politicamente os seus Moda Luanda(s) e o(s) Angola Fashion Week(s)
da ‘mudança’ tratando o casting do sexteto de manequins para o desfile. Altura
de inventar caras bonitas se necessário for, bota mekako.
Move-se nesta fase
uma industria completa de profissionais, mas o que deve ser bastante chato é ser-se
líder de formação política nesta altura do game. Gerir novas aquisições,
substituir os improdutivos, dar um calmante aos indesejáveis, reforçar com
novas aquisições gerindo descontentamentos de infelizes desterrados do pleito e
dizer na cara, “meu senhor, para ti wanga wabo”.
Sorte minha ou azar, razões
de força maior não me permitem actuar como actor directo, mas que gosto de refrega
isso gosto e acho que se assim fosse, provavelmente, eu seria um candidato fortemente
a considerar ainda que para o cargo de Ministro do Bom Relaxe eleito por fantasmas.
Tenho mesmo pena é do
presidente do próximo parlamento, que tem de se desdobrar entre o martelo do
tempo esgotado do homem estimulado a falar por assobios e palmas ou aturar o
deputado que esforça uma permissão nacional para dar uma diarrumba na hora do
voto. E se não tiver papel higiénico na WC como fica senhor deputado?