Eu
gosto de conversar 'muito' com mano Lucas por uma razão muito particular.
Ele carrega no lombo aquele ar matreiro de académico, astúcia ganha enquanto mancebo orquestrado
pela escola Cmdte Gika que fez dele um dos exímios comissários políticos da
escola filosófica de Carl Marx e Vladmir Lenine destinadas às FAPLA e a isso
adiciona-se o extinto kuanhama que o liga ao sangue dos filhos de Onjiva.
Mesmo
na sua humilde aparência facial, o tacto orgulhoso de kwanhama está lá!
No
entanto a giza deste tema ronda em torno do resgate ou não de uma herança,
destas poucas coisas que me restam da minha linhagem paterna Nhaneka-Umbi que
se confina pelo Umbi, exactamente no Chulu, também no Cunene, cujos relatos me remetem apenas na
sua missão católica.
Confessado
que tinha de factos dois bois (fêmeas) deixados exactamente para mim como
herança, passados mais de trinta anos, na minha fraca ambição e pouco apego aos
kwanzas, reajustados ou desajustados, pouco importa, no mínimo trinta touros lá
devem estar a minha espera a abanar a cauda.
Confidencio
que estava ganhando coragem para cobrar o resgate dos meus bens herdados e
chegar a eles ajudado pelo Google Map, não fosse a advertência do mano Lucas
que avisou manter-me em primeira forma, porque nesta assanhadice de fobado
(faminto), na vã tentativa eu sairia dai morto ou no mínimo com um mbumbi (hérnia)
que me arrumaria ao estaleiro.
Porra
fiquem lá com os bois, antes pobre vivo que rico no caixão. ‘Eu-ee, de jeito
nenhum’!
Se
quiserem e se isso vale a minha vida, posso trabalhar para aumentar mais dez vacas
gordas e vos entregar como pedido de desculpas pelo meu atrevimento e tentar
ver se ao menos consigo o que me foi deixado pelo meu sangue materno dos
umbundos.
‘No creo em las bruchas, pero que las hay ...las hay”.
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