domingo, 5 de fevereiro de 2017

O AZAR NÃO CUSTA III

São Factos
Depois da ferrenha intervenção do naipe de advogados e provada a inocência, Man Barras lá foi solto e apercebeu-se que a senhora das inscrições laborais acabou por falecer no hospital devido a um enfarte supostamente provocado por ele.
Mesmo sem kwanzas no bolso, pensou ir ao óbito prestar condolências à família, bem-visto, ele andava a espreita do bónus alimentar e bebíveis grátis, pois, raramente perdia essas oportunidades fúnebres.
“Você não ouve deixa! Vais sair de lá com a cabeça a dançar fora do pescoço, não brinca”. Aconselhava a esposa.
Neste mesmo dia soube pela rádio bocas-mil que afinal o cargo de cabeça de lista era apenas para uma pessoa e foi seleccionado o vizinho de “porta e porta”, da casa da ex. mulher.
Foi-lhe dito também pelo Yambará seu filho. “Papá agora estamos bem, o vizinho cabeça (era assim que passou a ser carinhosamente tratado pelos vizinhos o homem do momento) já mandou asfaltar a rua, meteu água canalizada no bairro e como aqui a luz ainda não ende, deu a cada vizinho um gerador de 20 KVA e um Land-Cruzier Prado para irmos as compras e levar os filhos à escola, …isso só para começar.
“Azar não custa, Eu Man Barras perder um vizinho desses nunca, uns bilingues de arrependimento a ela vai mesmo me receber, ou a bem ou a mal”

Entrou em acção mandando uns bips e bipadas, para medir a reação dela...



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