Para nós os citadinos por
empréstimo, os sábados são daqueles dias que tiramos para aparar o cabelo,
levar o carro a lavar e outros quinhentos e tais pendentes que esta urbe nos proíbe
fazer durante a semana laboral.
Calção e uma T-shirt “regressa da
Lomba” empurrados ao corpo alimentado de sopa pela manhã e nada contra se caísse
um funge com feijão de ontem, (aqui neste perímetro alimentar só não entra
chumbo derretido).
Forças ganhas, foi fácil pôr em
marcha estes oitenta e picos quilos com algum excesso aos centímetros recomendados
pela nutricionista Dra. Fernanda. “Ou emagreces ou cresces mais um pouco meu
senhor”. Eu já!
Popó aberto, entro na máquina destes
ganhos com brechas conseguidas em bancos de pagar aos poucos, sintonizo uma e
outra estação, paro na estatal Kianda que juntou Moniz de Almeida, Jojo e
Totty, numa conversa-música-conversa, sorrisos, lágrimas e cantos acústicos das
ketas do Beto de Almeida, …que nostalgia!
Lá fui levado a pensar no biló da
semana na atrapalhação de juntar quem tem divulgação por excesso, nesta máfia
entre os mesmos que se micham de cacheche, enquanto outros tantos sacrificados minguam sem voz.
Depois de tudo o que fui ouvindo
e lendo sobre este amor & rancor entre cantores e locutores, hoje comem do próprio
veneno, porque terra para desbravar usando os nossos meios há demais. Já agora,
quem sabe em que rádio andam os putos do The Voice, o recente vencedor do
festival em França Jack Kanga ou o campeão da São Silvestre 2016?
A continuar assim, quando o veneno acabar, um dia ainda
vamos assistir comerem-se entre víboras. Ngongo Yene*!
...
Micha - Migalha / Cacheche - Aos poucos / Ngongo Yene – Isso é convosco.
Ngongo yene!
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