sábado, 28 de janeiro de 2017

FILANTROPIA: Um acto, Um Carinho e a Nobreza do Gesto

Numa manhã de sábado de Janeiro entre o Sol tropical e a brisa que aligeirava-se tranquila nos rostos expectantes, logramos presenciar o tiro certeiro no alvo. Era a realização de uma acção filantrópica por duas instituições, uma empresarial e uma associação, dada a força de uma parceria e no cumprimento da responsabilidade social devidamente doseada.
A comunidade pré alertada, algures por esta cidade de Luanda casebres com cobertura em chapas de zinco, crianças engalanadas com roupa da igreja, recebendo em sorrisos os homens do bem, que levavam a cabo uma visita e entrega de donativos.
Os detalhes da entrega viam-se constituídos por meios da sexta-básica e bens didácticos, num acto que este cidadão atreve-se a chamar legitimamente por “Carnaval fora de época”, por fugir a quase norma eufórica de alinhar os auxílios às quadras festivas nas passagens de ano. Nada mau, pois, assimilamos esta nossa África de mesas sem gavetas, cujo verbo a conjugar leva-se a métrica; onde come um, …comem dois.
Petiscos do ano aos petizes do dia e depois? Ficam apenas ganhos efémeros de uns cakes adocicados, porque para além da euforia e a estima de um dia ter sido feliz, quase nada mais acresce à fartura vivida e pôr a solta um vazio aos excedentes multiplicadores desta safra.
O inverso das ‘quase’ regras de sempre, segue o meu apreço pela acção vivenciada hoje, alinhada a uma atitude para frente, com conexões ao futuro destes meninos nas diversas rodas a volta da fogueira com desafios a dobrar.
A data e a fase em si da entrega desta doação que nos dignamos presenciar, vão certamente permitir que depois da fartura órfã de mais um natal como data vinculativa ao nascimento de Cristo e a reunião da família.
Esta na consciência dos seus actores que não sairão resolvidos todos o problemas, mas vai impelir de certa forma energias para que esta nova geração cumpra a trilogia Criança-Pão-Escola, providenciando o bem-estar energia e motivação para as aulas que vêm e formar o homem que Angola quer para o amanhã.
Um caso para se dizer que muitos a pensar assim; “Vai Dar Tudo Certo”, e bem-haja aos seus promotores, Saham Seguros e Kudia


Repórter-Administrador; Lauriano Tchoia
Suporte: Lukano Comunicações Integradas 
lukanocomunicacaointegrada@gmail.com

Luanda; 28/01/17 


----  G A L E R I A ----









domingo, 22 de janeiro de 2017

FERRO ENDIREITA-SE COM FOGO CHICO ZÉ

O Domingo começava com um nevoeiro madrugador próprio da época por aquelas terras do Leste, o horizonte se fazia branco e as formigas matinais retinham-se no seu refúgio.

Ao vê-lo chegar, a velha Katalaia não acreditava que toda aquela coragem vinha da cabecinha de Chico Zé cara de anjinho, vitrina humana desenhando um corpo franzino com cerca de um metro e quarenta e oito de altura.  

Rapaz recém-chegado, a recruta nem ia ao meio, como foi possível pular a cerca e encher a barriga da Malila?!

A sua figura insurrecta, mãos no bolso diante de respeitáveis adultos, rejeitava-se na aceitação da mente da coitada senhora quando olhasse para o jovem com olhos de espantalho.
Reunido de emergência o colóquio familiar, da sua parte o chefe de pelotão fazia o papel de tio, primo inventado do pai dada a ocasião inesperada dos apetites da nudez.

Antes da conversa cuidou-se instruir ao Chico Zé a não desonrar por nada deste mundo a proposta incondicional ao casamento, não queira ele arregimentar problemas maiores, pois em menina do Cazombo não se engana, nem se sai impune das acrobáticas desonras à miúda em plena puberdade.

As duas grades de cerveja para a apresentação, uma contribuição dos colegas de caserna se faziam dobrar em lona militar sem o simbólico cabrito para os avôs maternos, Chico Zé não tinha dinheiro, tropa não ganha salário e evita-se voltar a falar nisso.
Conversa a meio, aumentava a dúvida sobre a sobrevivência futura do casal sem recursos, rapaz ingénuo e a visível inexperiência ao trabalho agrícola dela numa desconseguida terceira classe. Ânimos ainda a flor da pele, verificava-se claramente que o custo desta gravidez sobraria para os progenitores.

Ainda perplexos estrangula-se na resposta a questão de ter sido ele ou não a desvirginda-la cuja arrogância de luandense veio ao de cima: “Ela é que me encontrou no arame da unidade, não fui eu que a chamei, ela é ban…”.
O pobre do rapaz militar, mesmo avisado que ali não era no Cazenga e que fitas de novela não faziam plateia naquele mundo, o coitado chamou a si um tratamento a medida do acto rebelde, caindo-lhe como raio um dos tios de Malila.
Na ressonância de raio laser avançou com uma cabeçada na testa despreparada do rapaz-soldado, golpe certo no crânio, só não avançaram algumas bassulas porque em tropa não se bate enquanto fardado, mas a mensagem fez-se passar. “Parto-te os cornos, hum, seu cabrão”.

Verificando que o problema era, afinal, mais sério do que parecia a partida, a única aliança foi sentar-se no pano azul com pintas brancas estendido no chão do quintal, junto as pernas da anciã Katalaia que entregou-se qual protecção de circunstância ao futuro genro-neto. “ Meu neto ‘nó’ fica mas refilão, aqui batem”.

Dai em diante todas as questões a propósito, viam-se respondidas com “Sim paizinhos ou mãezinhas” anti-subversivo e vinte e quatro horas depois, via-se compulsivamente residir nos anexos da casa da mãe sogra ensaiando a vida a dois. 

Luanda 22/01/17
LT

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

ESTAMOS AQUI POR TI CARMEN!

5.0 e tudo mais!
Isso para dizer que quem te convida para uma festa nestes dias da crise que nos encontramos, só pode ser família, só pode ser pessoa de sangue doce com argumentos de verdade.
Se arranjaste mana vais ter que nos aguentar porque treinamos não comer desde ontem e sair daqui, só amarrados em tipoias! Alias, bem amarrados!
Os dias que correm não têm sido bons em Malange, os recados não param de chegar sobre os estragos que fazes pela cidade, flores caem como chuva de granizo para abençoar as terras de Kunda Dya Baze onde a velha Kissweia não esta a dormir sono, por ouvir os assuntos da Paulinha que se deu nome de Transformer para arrasar na Capital. Te perdemos de vez?! Será?!

O Mariano disse que vem, mas vai atrasar porque teve de levar o sapato ao Yuri Guimarães para roubar cola patex no pai e colar o tacão que descolou quando ele e o Honorato, rapaz fininho de Aleppo, se maguelavam no tractor da cooperativa.
Cuidar-se nesta fase é pouco, andar bem é melhor ainda, olha para os sorrisos das tuas filhinhas Cristina, Kanguengue, Djanilda. Joana, Eunice, Natasha, Solange e Tatiana, tudo fino, tudo nos trinques, sai realce no Batton, unhas de princesas nas doutoras da família, atrevido é só olhar, pedir para dançar que é bom, os moços estão a tremer. Haja homem na casa!
O Nosso Cris Freitas e a Paty, têm metas a cumprir, vivendo loves reforçados, numa reserva sem pressões, se demorarem vamos lhes ver, estão a se beber saliva outra vez, eles são bons no que fazem.

Tem Rosas e Rosas nesta comemoração pá, meu compadre Mario Rosa e suas xarás Alexandra e Rosa De Sarom, só Deus no comando, se lhes deixarmos a vontade, não tarda a festa vai ser só deles no arraso.
Outras coisas é azar, ó Benvindo Silveira meu irmão você não nos engana, tirar foto na festa não precisa dormir no chão, se ajusta, pá!
Lunda por favor, essas bocas aqui não, tens de saber separar se viemos dançar ou discutir com Sapiñala e o Primo Gildo, mambos de campanha só mesmo em 2018.
Ainda só estamos na iniciada, da diáspora esta a chegar reclamações o Salambende Mucari e a Tatiana Dos Santos, desta vez se paiaram, se quiserem que dancem por controlo remoto, mas mandem as prendas por favor.
Isso é que é vida pá, só vos olho já, o porteiro levou a chaves e entregou ao Yuri Simao que aprecia o cenário… Nas calmas, a ver que atrevido vai fugir pela janela, nesta festa com entrada sem saída.

Parabenzas Mizirmã, Parabenzas Tranformer do nosso coração, se fazer cinquenta é assim, nos sessenta estou a sentir no corpo, que vamos morrer de bebedeira. 
PARABENZAS HOKO!


====== G    A    L    E    R    I    A=======


A FÁMILIA



LUZ - SORRISOS - FESTA
(Glamour)











O ESPAÇO

















sábado, 7 de janeiro de 2017

COMER DO PRÓPRIO VENENO

Para nós os citadinos por empréstimo, os sábados são daqueles dias que tiramos para aparar o cabelo, levar o carro a lavar e outros quinhentos e tais pendentes que esta urbe nos proíbe fazer durante a semana laboral.
Calção e uma T-shirt “regressa da Lomba” empurrados ao corpo alimentado de sopa pela manhã e nada contra se caísse um funge com feijão de ontem, (aqui neste perímetro alimentar só não entra chumbo derretido).
Forças ganhas, foi fácil pôr em marcha estes oitenta e picos quilos com algum excesso aos centímetros recomendados pela nutricionista Dra. Fernanda. “Ou emagreces ou cresces mais um pouco meu senhor”. Eu já!
Popó aberto, entro na máquina destes ganhos com brechas conseguidas em bancos de pagar aos poucos, sintonizo uma e outra estação, paro na estatal Kianda que juntou Moniz de Almeida, Jojo e Totty, numa conversa-música-conversa, sorrisos, lágrimas e cantos acústicos das ketas do Beto de Almeida, …que nostalgia!
Lá fui levado a pensar no biló da semana na atrapalhação de juntar quem tem divulgação por excesso, nesta máfia entre os mesmos que se micham de cacheche, enquanto outros tantos sacrificados minguam sem voz.
Depois de tudo o que fui ouvindo e lendo sobre este amor & rancor entre cantores e locutores, hoje comem do próprio veneno, porque terra para desbravar usando os nossos meios há demais. Já agora, quem sabe em que rádio andam os putos do The Voice, o recente vencedor do festival em França Jack Kanga ou o campeão da São Silvestre 2016?
A continuar assim, quando o veneno acabar, um dia ainda vamos assistir comerem-se entre víboras. Ngongo Yene*!

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Micha - Migalha / Cacheche - Aos poucos / Ngongo Yene – Isso é convosco.


segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

LER ENGRANDECE

Um Jovem amigo escreveu no meu chat:
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"Pai boa tarde eu sendo amigo do pai do facebook mudei muito usar o facebook. Punha mesmo publicações á toa que não tinha nada a haver, muito obrigado pelo que o pai me fez.
Gostei da amizade é bom quando reconhecemos. as coisas".
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Vale a pena ser assim, vale a pena mantermos a linha.

Não é em vão que a pena se cruza entre frontes, decifrando no papel a mensagem que se descrontroi na mente.
Se é jovem quando fizemos ídolos incutidos nas referências que seguimos no dia a dia e assim se assimila a marcha.

Um abraço e Feliz Ano Novo especial para si Henriques Leandro Navio.
E o recado que não se cala: "Ler engrandece"



domingo, 1 de janeiro de 2017

MAS É O EMBAIXADOR!

Tipo bwé mau, não aguentou esperar mais a TPA que estava a por combustível no carro móvel.
Tipo bwé mau, pegou no Samsung Galax e começou a se entrevistar de sozinho.
Apetitou-se que vai nos cortar "água ecléctica e energia potável" por causa da nossa banga na ONU, porque amigo não devia dar umas mbaias em altos fóruns para lhes encardir dos colonatos.
O homem se mediu mal, o puto não sabe que sempre combatemos o sionismo e já viajamos para todos os países do mundo excepto para Africa do Sul.
Sai do caminho porque temos outras makas à resolver, a não ser que vais trazer de volta os saborosos USD dos nossos tempos, neste ano de 2017 que já entramos com dois pés.
Se aguentem com os vossos dikulos lá na Palestina, que nós aqui temos os nossos, se aprumem porque o fogo nunca passa onde só tem cinza, antes que eu vos cante; Kalonjanda tunda vonjila, tukatala o pato ya cita. (Deixa-nos passar garrincha, porque nós queremos ver a pata que acaba de dar a luz) HOKO!
Colonato - Palestina