Na passada quarta-feira celebramos o jazzment
com Wyza. São razões diferentes, as que me têm levado a este espaço e o último
motivo foi a oportunidade de ver Wyza num concerto completo, pois, das poucas
vezes que o vi, foram apenas em participações com dois ou três números musicais
seus, o que sempre me soube a pouco.
Confesso que nada tive a perder, dado que, João Sildes Bunga de seu nome próprio, foi um grande actor em palco, tendo procurado proporcionar um show ao mais alto nível, na lógica da simbiose entre o canto e gestos
de dança, proporcionando desta forma um registo único do cantor.
Na temática estrutural dos seus números e
género musical, Wyza valoriza a música angolana de raiz, investe no sentido
investigativo, agrega argumentos no tipicismo cultural da sua região, introduzindo
motivos próprios de uma estrutura sólida que se rege na conduta transmissiva de
conceitos distintos e de integração substancial.
Despertou atenção a importância que o músico dá
à ‘voz’ como instrumento, tendo aparecido suis generis, com um trio de vozes
masculinas bastante afinadas e disciplinadas, onde cada elemento se destacava
pelo espaço adequado e o grau de importância e relevância que obteve no
concerto.
Outro valor que vimos sobressair foi a
percussão, com Gabriel a assegurar este elemento que dá vida a música do
continente negro.
De sublinhar o reforço do legendário Teddy Singui
que veio emprestar talento e uma qualidade musical própria da presença de um
verdadeiro capitão.
O acto ficou marcado pela interpretação de títulos seus entre "Kana
ya", "Mbangala", "Mawe", "Zemba" e outros, tendo
sido ouvido também no tema Never lose your soul do grande Lozwa Kanza, sem
deixar de ter-nos surpreendido com o clássico Umbi-Umbi, num conceito seu, mas
bem conseguido.
Na linha dos vários estilos fundidos com kilapanga, rock, reagge,
pudemos perceber a versatilidade do cantor, sendo um mérito por não cansar uma audiência
atenta e fechou com o malogrado Pepe Kale, num número conhecido por nós por “Ecici,
Essaia”, que nos desafiou a dar uns toques do quentíssimo dombolo.
Valeu a noite, valeu ter Wyza connosco e valeu Jazzmente.
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O Jazzmente já ganhou um espaço de referência, e mantem-se
padronizado às boas práticas, agrada lá estar pelo ambiente que nos envolve e
para nossa felicidade, vamos continuar a tê-lo, mas noutro espaço físico, o Zoodabar.
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VIDEO
Música Bakingo
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VIDEO
Música Bakingo
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Banda:
GABRIEL - Precursão.
MARABU – Guitarra Solo
ESTANJSLAU - Coro
SANTIMÁ - Coro
STELA - Piano
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Sons, Cantos
e Contos
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Fotos: Pagina
do Jazzment
Repórter/Administrador:
Lauriano Tchoia