Foi sublime o show de
Gabriel Tchiema e Maria Gadú na Vila Alice, Rua da Liberdade nº 70 em Luanda, a
famosa Casa 70, organizado pela Zona Jovem.
Ficou na memória a imagens inapagável de dois respeitáveis artistas com
recursos musicais de mão a semear. Dois bons timbre vocais numa noite de glamour,
onde duas soberbas estrelas assentaram a sua classe numa marca ímpar que elevou
a paixão e o amor na serenata à Kianda, a sereia Axilianda em tempos de maré
baixa rebuscando sonhos em noite clara, ao brilho da lua.
Estava feito o palco com o Anfitrião Gabriel Tchiema o embaixador da
Tchianda, um Lunda com o cintilo da Kamanga, porquanto, descendente da tribo de
Luegi e Tchinguri, heróis tão bem retractados pelo escritor Pepetela numa
ficção de delirar.
Na qualidade de anfitrião o também ex. militar das casernas da IIº
Região, ocupou a primeira hora e meia e mereceu grande atenção, sentindo-se que
a presença do público tinha razões divididas na torcida, por tão especial
momento de dois astros separados entre continentes que se juntam por oceanos em
paralelo.
Foi, contudo, um show onde festejamos um dos ícones da nossa música
com argumentos que o tempo foi dando razão suficientes para nos pôr sentados e
celebrar mais abaixo canções como Nguholese e Azulula e outras vezes aquecendo
com O Mbimba e Celebração, pois estava feito o lance que desafiava a paulistana
Maria Gadú a não gelar o show e fazer jus a aposta da Zona Jovem, um novo
projecto que ousou arranca-la da Grande São Paulo.
Maria Gadú fez jus a raça brasileira que carrega no sangue, entrou e cantou
até ‘mandar a lixo’ o tempo e o som desligado, foi euforia total do público e da
cantora que mereceu dizer-lhe positivamente na cara que ‘você é juada miúda’!
Se há quem tenha duvidado do seu valor, saiu desapontado. O quarteto
sul americano foi um estrondo, tendo acertado no reportório e levar ao delírio
boa gente revestida entre o chique e o pressuposto de bem-estar, enquanto alguns
copos ajudavam o celebro a provocar entusiasmos acelerados, quem nos dera o
show tivesse ido até a alvorada.
Foi sublime a noite de corações embaraçados para quem leva a risca a
arte de sentir afectos por sua cara metade e os mais arriscados por outras
caras que quase são ou serão metade um dia desses diante o conservador.
O buffet esteve bom demais, foi merecida e enchente pelas costuras da
casa 70 e o acertar de jovens organizadores que valorizam um grande pormenor;
iniciar a hora certa. Valeu!!!
G - A - L - E - R - I - A